Acordei como quem não quer nada com a vida. Olhei para o relógio
e levante-me desejando que o dia passasse rápido para que eu pudesse voltar
para cama. Tomei meu banho tranquilamente, arrumei meu cabelo e tomei uma
xicara de café forte para que eu pudesse despertar. Peguei minha mochila e sai.
Quando cheguei em casa, observei por um tempo o jardim e
admirei a natureza. Resolvi me concentrar em meus afazeres estudantis. Mas
tarde, quando tomava outra xicara de café, relembrei todos os momentos que me
levaram a estar ali, sentada na mesa da cozinha. “Se eu tivesse tomado outras
decisões no dia anterior, eu estaria tomando essa xicara de café nesse mesmo
lugar a essa mesma hora?”. Busquei lembranças mais profundas, como aquele ultimo
romance. “Se eu tivesse feito às coisas de maneira diferente, como aquilo teria
acabado?”. Ri do acaso dos meus pensamentos. “É isso, tudo o que penso me lembra
disso.” Terminei meu café e deixei esse pensamento junto com a ultima gota.
Assisti a um filme do Quentin Tarantino, reli um pequeno trecho do meu livro
favorito, arrumei minha bagunça e decidi que era hora de dormir.
Na cama, os pensamentos voltaram. Imaginei como tudo seria
diferente se eu não tivesse dito aquilo ou se eu fizesse algo para impedir as
minhas próprias catástrofes. Minha imaginação criou cenas impossíveis, mas de
todo realistas. Depois de um tempo, decidi me conformar com o fato de ser simplesmente o Destino interferindo nas minhas decisões – porque era mais fácil aceitar
que todas as minhas decepções foram por uma causa maior.
Apaguei a luz, fechei os olhos e o sonhei com todos os meus
acasos.
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